Como quem não sabe seguir o próprio risco, quem muda de direção depois de
desenhar uma placa, como quem pinta um sol de azul (querendo transformá-lo em
nuvem depois de definir o traçado), fazia de seu poente, o leste.
No momento cegava-se e deixava-se levar por uma direção falsa e
depois, apenas depois se dava conta do que havia feito (do que não havia
deixado acontecer).
Sua falta de motivos, seus tortos parâmetros faziam-na se perder por entre o
certo e o errado, as definições retas demais a aprisionavam numa redoma
desconfortável da qual ela não sabia como sair (quando pensava em sair). Havia
não que soava como sim, havia sim que deveria ser não e deixava de haver o que
deveria ter sido, vivido para só depois concluir a falta de importância que
teria (ou mesmo viver incondicionalmente o bem que nem a mente seria capaz de supor).
Mas sempre desviando das placas, só assim sentia-se segura, só assim se
esquivava do que desenhava.
Sempre se convencendo que essa seria a melhor escolha,…